Venenosas |
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As Núpcias da Valisnéria
Não podemos deixar as
plantas aquáticas, sem lembrar de relance a vida da mais romanesca
delas: a lendária Valisnéria, uma hidrocarídea, cujas
núpcias constituem o mais trágico episódio da história
amorosa das flores. |
Seria drama sem solução, como é o nosso próprio drama neste mundo; mas eis que se lhe junta um elemento inesperado. Teriam os machos o pressentimento da sua decepção? É certo que eles tinham encerrado em seu coração uma bolha de ar, como se encerra em nossa alma um pensamento de libertação desesperada. Parece que eles hesitam por um momento; mas depois, com um esforço magnífico, - o mais sobrenatural, que eu conheço, nos fastos dos insetos e das flores, - para se elevar até á felicidade, despedaçam o vinculo que os prende á existência. Arrancam-se do seu pedúnculo, e, num impulso incomparável, entre pérolas de alegria, as suas pétalas vão rasgar a superfície das águas. Feridos de morte, mas radiantes e livres, flutuam por um momento ao lado das suas noivas descuidosas; e efetua-se a união, indo depois os sacrificados perecer, levados á mercê da água, enquanto a esposa, já mãe, cerra a sua corola, onde vive o ultimo sopro do macho, enrola a sua espiral e desce de novo às profundezas, onde amadurecerá o fruto do beijo heróico. FONTE: Maurice Maeterlinck “A Inteligência das Flores”. Clássica Editora, 3/e, Lisboa, 1921 |
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Les Plantes Nuisibles Renault/Rousseou - Paris 1902 Planches |
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5.
Tussilage ou Pas d´Âne 15.
Orge des Rats 25.
Bleuet |
32.
Sauge des Prés 41.
Cenanthe ou Phellandre Aquatique |
51.
Laiteron 62.
Serratule des Teinturiers |