A Niterói, de vida simples, pacata e pura, já não mais existe. Era recortada
por inúmeras enseadas e praia onde, desde tempos imemoriais as ondas do
mar, com suas alvas espumas rendadas, brincavam com as conchas e as estrelas
do mar, abundantes em toda a orla. Recantos idílicos, onde buscavam inspiração
poetas e artistas do pincel. Niterói, silenciosa então, embalada pelo
marulhar das marés e pelo canto dos pássaros, era só despertada, de vez
em quando, por um apito de barca, e rodar de um bonde ou, aos domingos,
pelas retretas nas praças. Tudo passou. Resta a saudade…
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Painel 31
1. Forte do Imbuí.
2. Fortaleza de Santa Cruz.
3. Igreja e Saco de S.Francisco.
4. Baía de Icaraí. Palacetes e casarões orlavam Icaraí. À esquerda o antigo
prédio do Hotel Balneário, depois cassino.
5. Praia de Icaraí. Os velhos combustores a gás ainda imperavam na iluminação
da cidade.
6. Icaraí. Cartão transparente "Meteor", mostrando a Pedra do Índio.
7. Praia de Icaraí. À direita, vestígio do extremo do arco, que formava
a famosa Itapuca (pedra furada, na língua indígena).
8. Ilha da Boa Viagem. Bem à esquerda, parte das famosas "Barreiras Vermelhas",
citadas nos textos antigos, e hoje desaparecidas.
9. Praia de Gragoatá; casario baixo e, à esquerda, pare do Estaleiro Rodrigues
Alves.
10. Valonguinho. A farinha de trigo vinha em faluas, que descarregavam
no cais da R.Visc.de Rio Branco.
11. Ponte Central de Niterói. Na velha barca, ainda sem o toldo, as casas
do mestre pareciam dois quiosques: a Estação Central, de 1908, já desapareceu.
12. Maruí.
Coleção: Carlos Wehers
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