CARAMURU
Coleção: Paulo Bodmer
Texto extraído do verso das estampas

Em 1510 uma caravela que seguia para a Índia, acossada pelo temporal, bateu numa pedra e naufragou nas costas do Brasil. Diogo Álvares Correia, que viajava nessa embarcação, nadou para terra e abrigou-se numa gruta, onde passou a noite.

Ao acordar no dia seguinte, Diogo viu que uns índios Tupinambás estavam aprisionando seus companheiros de viagem. Diogo ficou escondido na gruta porque sabia que os índios eram antropófagos, isto é, comiam gente.

No terceiro dia, Diogo foi avistado por uma indiazinha que estava com outras, na praia. Todas correram para a gruta e começaram a falar com ele. Diogo não entendia o que elas diziam porque não sabia falar a língua dos índios. Elas chamaram os índios que levaram Diogo para a aldeia.

O cacique Tupinambá, vendo que Diogo estava muito magro entregou-o às índias para engordá-lo, pois, do contrário não poderia ser comido. Paraguassú, filha do cacique, e Moema foram, aos poucos, se apaixonando pelo homem branco.

Um dia, quando passeava com as índias na praia, Diogo encontrou alguns barris de pólvora e uma espingarda. Secou os barris de pólvora e levou-os para a gruta. O mesmo ele fez com a espingarda que ainda estava em bom estado. Isso aconteceu na véspera do dia em que ele ia ser comido pelos índios.

Outras tribos foram convidadas para a festa que os Tupinambás iam fazer para comer Diogo. Ele estava conversando com Paraguassú e Moema perto de alguns índios. Nisso, passou voando um gavião, perseguindo umas aves. Diogo pegou a espingarda, apontou e fez fogo, derrubando o gavião em pleno vôo. (brasilcult)

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