Monumento ao Almirante Barroso
Situado
na Praça Paris, próximo ao Hotel Glória, possui
um pedestal de granito quadrangular de 8m, que, ao atingir a altura
de 2m, se transforma numa grossa coluna cilíndrica. Da autoria
do escultor José Otávio Correia Lima, foi inaugurado em
19 de Novembro de 1909 com as seguintes legendas: “Riachuelo -
11 de Junho de 1865.” e “Ao Almirante Barroso - a Nação.”
(Carlos Sarthou - As Estátuas do Rio de Janeiro, Leo Editores,
RJ)
Acervo
do professor Paulo Bodmer |
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Conhecido
como Barão do Amazonas, Francisco Manuel Barroso da Silva,
nasceu no dia 23 de setembro de 1804, em Lisboa, e faleceu em
Montevidéu, Uruguai no dia 8 de agosto de 1882. Veio para
o Brasil com 5 anos apenas. Formou-se pela Academia da Marinha
do Rio de Janeiro no ano de 1821. Participou das campanhas navais
do rio da Prata de 1826 a 1828 e do Pará em 1836. Em 1865
foi oficial da Marinha Brasileira e herói da Guerra do
Paraguai. Reprimiu a Cabanagem, no Pará e substituiu o
almirante Tamandaré no comando da esquadra brasileira,
vitoriosa na Batalha do Riachuelo, durante a Guerra do Paraguai.
Todo o seu gênio estrategista foi revelado nessa ocasião.
Utilizando navios a vapor como se fossem arientes, houve importante
perda da capacidade naval paraguaia, e a partir de então,
o Paraguai essencialmente passou a adotar estratégias defensivas
até o final da guerra, porém sem muito sucesso.
A esquadra paraguaia foi destroçada e, em parte, destruída.
O combate durou aproximadamente 8 horas, e foi sustentado de um
e outro lado com rara bravura. |
Foi
ainda o vencedor da Batalha Naval do Riachuelo, quando, investindo com
a proa de sua capitânia - a fragata "Amazonas" - contra
os navios inimigos que lhe estavam mais próximos, e pondo-os
a pique, decidiu a favor do Brasil a sorte da luta.
A importância
de sua atuação na Batalha Naval do Riachuelo foi reconhecida
pelo governo imperial, que lhe concedeu a Ordem Imperial do Cruzeiro
e o título honorífico de Barão do Amazonas. O feito
de Barroso foi celebrado pelos poetas e representados em telas. Em 1866
foi homenageado com o título de Barão do Amazonas (era
o nome do navio que comandava). Em 1868 foi nomeado Comandante Chefe
da esquadra; neste mesmo ano promovido a Vice-Almirante e finalmente
reformado em 1873, após ter prestado inúmeros serviços
à Pátria.
O monumento possui uma coluna com duas figuras aladas, representando
a Pátria e a Vitória, ambas sobre duas proas em bronze.
Na frente do pedestal, um baixo relevo em bronze retratando a Batalha
Naval do Riachuelo. Quatro medalhões nos ângulos perpetuam
as efígies de Oliveira Pimentel, Pedro Afonso, Andrade Maia e
Lima Barros. Encadeando esses medalhões, os nomes dos navios
e dos comandantes que tomaram parte na batalha. Dois medalhões
abaixo: são de Greenhalgh e Marcílio Dias. No pedestal
encontram-se os restos mortais do Almirante.
Duas
frases de Barroso deixaram claro sua fibra e patriotismo, entrando para
a nossa História: "Atacar e destruir o inimigo o mais perto
que puder" e "0 Brasil espera que cada um cumpra o seu dever".
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Monumento
a Varnhagen
Encontra-se
na praça paris, lado do largo da Glória. É de autoria
do escultor José Otávio Correia Lima. Encomendada em 1941
pelo nosso Instituto Histórico, foi fundado nas oficinas Cavina.
No alto de um pedestal de granito de 6 m, encontra-se Varnhagen e, em
plano inferior, num bloco de bronze sobre um plano de granito, está
sentada uma figura de mulher, tendo em uma das mãos um livro aberto
e na outra uma caneta, em atitude de quem medita para escrever. Diz ser
um mausoléu construído para receber seus restos mortais.
(Monumentos da Cidade – Reportagem publicada pelo Diário
de Notícias, 1946, RJ)
Francisco
Adolpho de Varnhagen nasceu em São Paulo, a 17 de fevereiro
de 1816. Seu pai, Frederico Luiz Guilherme de Varnhagen, oficial
alemão, viera ao Brasil contratado para administrar a fábrica
de ferro de Santana de Ipanema. Aqui Francisco fez seus primeiros
estudos. Depois foi com a família para Portugal, onde se
matriculou no Colégio Militar de Lisboa. Ocorrendo a luta
pela restauração constitucional daquele país,
alistou-se como voluntário nas fileiras do exército
de D. Pedro IV (1833). Finda a luta, inscreveu-se no Curso de Engenharia
que concluiu em 1840, ano em que voltou ao Brasil. Com seu talento,
ingressou na carreira diplomática, servindo nas legações
brasileiras de Lisboa, Madri, Peru, Chile e Viena. Colaborou no
periódico “Panorama” e em vários outros,
com artigos e estudos históricos. Em sua carreira diplomática,
foi Varnhagen um incansável pesquisador de fontes primárias
da história nacional, que finalmente sistematizou na sua
História geral do Brasil. Pertenceu ao Instituto Histórico
e Geográfico Brasileiro e à Real Academia de Ciências
de Lisboa. Em 1878, o Imperador do Brasil, em testemunho de apreço
àquele historiador, geógrafo, escritor, matemático,
militar e diplomata, agraciou-o com o título nobiliárquico
de Barão e pouco depois com o de Visconde de Porto Seguro.
Dias depois faleceu na Áustria, a 29 de junho de 1878. Foi
o patrono da Cadeira nº 39 da Academia Brasileira de Letras. |
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Diário de Notícias. Monumentos da Cidade, Rio de Janeiro
- 1946 |
“Secção
II.
Descobrimento do Brazil e Exploração de sua Costa.
Cinco annos apenas tinham decorrido desde que fôra firmado o ajusre
de Tordesilhas, quando Vasco da Gama deixava aberta para os Europeos a
navegação do Oriente, depois de haver tratado com o régulo
de Calecut, na costa occidental do Indostão (...)”.
(Extrato da Seção II do livro: VARNHAGEN, Francisco Adolpho.
Historia Geral do Brazil, Rio de Janeiro: Laemmert, 1854).
http://www.academia.org.br
http://www.cervantesvirtual.com
http://site.cruzeironet.com.br/regiao/ipero/
Monumento
ao Marechal Deodoro da Fonseca
Acervo
do professor Paulo Bodmer |
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Por mando
do Governo Federal, o monumento foi erguido na Praça Paris
e inaugurado em 15 de Novembro de 1937. Obra do escultor Modestino
Kanto, possui 23m de altura e pesa 850 toneladas. Em seu pedestal,
o monumento é condecorado com vários outros personagens
da história, como militares e republicanos históricos.
No alto, Deodoro, à cavalo, se encontra em atitude de comando
de tropa. (Carlos Sarthou - As Estátuas do Rio de Janeiro,
Leo Editores, RJ).
Nasceu em
Alagoas (cidade) hoje Deodoro, no dia 5 de agosto de 1827, faleceu
no Rio de Janeiro no dia 23 de agosto de 1892. Era filho de Manoel
Mendes da Fonseca. Em 1843 ingressou na Escola Militar no Rio
de Janeiro, completando o curso de Artilharia em 1847. Na revolução
Pioneira, integrou o Contingente destacado para combater a Revolução
em Pernambuco. Como Tenente distinguiu-se em todos os combates;
em 1868 alcançou o posto de Coronel. Em 1874 foi promovido
à Brigadeiro, e Marechal em 1884. Na guerra do Paraguai,
distinguiu-se pela sua bravura e coragem.
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Marechal
e político brasileiro, o Proclamador da República liderou
o grupo que veio a proclamar a República no Brasil, em 1889, sendo
o primeiro Presidente do país ao vencer as eleições,
mas descontentou de tal forma a Assembléia Constituinte, transformada
em Congresso Nacional após a promulgação da constituição,
que já não possuía maioria parlamentar para governar.
As constantes derrotas dos projetos do governo no Congresso Nacional acabaram
culminando em poucos meses com uma tentativa de golpe dele próprio.
Deodoro fechou o Congresso Nacional e se impôs como ditador. Porém
o Marechal não contava, contudo, que os opositores a ele dentro
das forças armadas já fossem maiores que seus aliados. O
contragolpe desfechado pelos aliados do marechal Floriano Peixoto impediu
as pretensões de Deodoro. Obrigado a renunciar, assume o vice-presidente
da República.
No alto do pedestal, na frente, está gravada a frase que Deodoro
pronunciou quando renunciou à presidência: “Não
quero aumentar o número de viúvas e órfãos
em meu país; mandem chamar Floriano; não sou mais Presidente
da República”. (Deodoro -23 de Novembro de 1891)
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