O
castigo do cedro
Grita o cedro orgulhoso:
- Eu sou do excelso monte
a majestade, el-rei!
Gloria estranha e suprema!
Longe, longe de tudo elevo a minha fronte
à vastidão dos céus!
coroa o meu diadema
a floresta sombria...
Nos meus ramos pousada a águia exausta
Descansa tranquila, noite e dia,
poleiro de confiança,
quando a subir de mais voeja sem diretrizes...
E o homem ? Negro destino,
destino de infelizes,
humilde e pequenino,
arrasta-se no lodo!
O homem apura o ouvido.
Doe-Ihe o escarninho atroz, doe-lhe o sarcasmo ousado,
E abate sem ter pena o cedro envaidecido
a golpes de machado.