Exposição: Recordando Portugal em Antigos Bilhetes Postais

Coleção: Klaus W. Gruner

 

Painel 30

1. Saudade é um Mal de que se Gosta e um Bem que se Padece – D.Francisco Manuel de Mello.
2. Ó Rosa (...) P’ra te Colher (desenho de A . Rey Colaço).
3. Vou deitar (...) e o Coração inda mais (desenho de A . Rey Colaço).
4. Pobrete mas Alegrete (desenho de A . Rey Colaço).
5. Já não quero (...) mais Bonito (desenho de A . Rey Colaço).
6. A Lua vai encoberta (...) no meu Coração está (desenho de A . Rey Colaço).
7. O Moinho (desenho de Raul Lino).
8. Primavera (Estações do Ano).
9. Autunno (Estações do Ano).

 

 

SAUDADE

        A palavra e o conceito d “Saudade” dizem essencialmente respeito ao povo de língua portuguesa. Existe um pouco de soidade (como outrora se dizia) na coita de amor da poesia trovadoresca (sécs. XIII-XIV). Ao rei D.Duarte, autor do Leal Conselheiro (séc. XV), se deve o desenvolvimento conceitual deste afeto. Na “Saudade” entram a recordação, a satisfação, a nostalgia, a ansiedade, uma certa revolta face à irreversibilidade do tempo. “É um mal de que se gosta”.(D.Francisco Manuel de Melo – séc.XVII).
        Sendo uma constante do ser português era natural que houvesse quem tentasse o tema em postal. Alguns dos bilhetes mágicos que se apresentam foram desenhados por Alice Rey Colaço (1893-1978), pintura e aguarelista, e por Raul Lino (1879-1974), o célebre arquiteto que concebeu a Casa Portuguesa, tão ao gosto das concepções oficiais dos anos 30 e 40.
        A casa portuguesa e o moinho integram-se perfeitamente na psicologia da Saudade.
(Marcelo del Cima)

 


SAUDADE

        Both the word and the concept of “Saudade” bear relation essentially to the Portuguese speaking people. There is some “soidade” (as it once was pronounced) in the afflictions of love found in the petry of the balladeers (XIIIth and XVIth centuries).
        The conceptual development of this feelings is owed to king D. Duarte author of Leal Conselheiro (XVth century).
        In “Saudade” we may find remembrances, satisfactions, nostalgia, anxiety and a dash of revolt face the irrevessibility of time. “It is a pain that one enjoyes” (D.Francisco Manuel de Melo XVIIth century). Since this feeling is a constant in the Portuguese, it was only natural that there would be someone who would try to use it in postcards. Some of the magic cards now shown here were drawn by the painter and water colourist Alice Rey Colaço (1893-1978) and by Raul Lino (1879-1974), who was the great architect who conceived the idea for the Portuguese House that so suited the taste of the official ideals of the 30’s and 40’s.
        The Portuguese House and the Mill are perfectly well integrated to the psychology of “Saudade”.

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