Monumento a Getúlio Vargas
Todo
ano, no dia 19 de abril, data do aniversário de nascimento do
ex-presidente, o busto aparece coberto de flores.
Pesquisa Acadêmica - Estátuas e Bustos Históricos
na Cidade do Rio de Janeiro. UFRJ, 2005 |
|
Getúlio
Dornelles Vargas nasce em São Borja, RS, no dia 19 de abril
de 1883. Inicia-se na política em 1909 como deputado estadual
pelo Partido Republicano do Rio Grande do Sul (PRR). Reelege-se
em 1913 e 1917 e, de 1922 a 1926, ocupa uma cadeira na Câmara
federal. Ministro da Fazenda do governo Washington Luís,
deixa o cargo em 1928, elegendo-se para o governo de seu estado.
Candidato pela Aliança Liberal à Presidência
da República, é derrotado. Comanda a Revolução
de 1930, que derruba Washington Luís, e governa o país
nos 15 anos seguintes. Na Presidência adota uma política
nacionalista, moderniza a economia do país e cria o Ministério
do Trabalho e começa a ser considerado “Pai dos pobres”
e “Mãe dos ricos” por seguir uma política
populista.
|
Em 1937,
instala a ditadura do Estado Novo, com forte repressão política.
Em 1945, é derrubado pelos militares. Contribui para a formação
do Partido Social Democrático (PSD) e do Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB) e torna-se senador. Em 1950 elege-se presidente pelo
PTB. É combatido pela oposição conservadora de
civis e militares. O envolvimento do chefe de sua guarda no atentado
contra Carlos Lacerda leva as Forças Armadas a exigir sua renúncia.
Suicida-se com um tiro no peito na madrugada de 24 de agosto de 1954,
dentro do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.
“Mais
uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se
novamente e desencadeiam-se sobre mim. Não me acusam, insultam;
não me combatem, caluniam – e não me dão
o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha
ação, para que eu não continue a defender, como
sempre defendi, o povo e principalmente os humildes (...). Iniciei o
trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade
social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo.
A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à
grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho.
Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo
de quem fui escravo será mais escravo de ninguém (...)
Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio.
Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da
vida para entrar na História.”
(Getúlio Vargas, 25/08/154. Carta – Testamento)
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Monumento
a Gonçalves Dias
O
Busto se encontra em uma das quatro “praças” do Colégio
Gonçalves Dias, na Praça do Poeta. Na hora do recreio, os
alunos adoram se concentrar nos jardins, especialmente nesta “praça”.
O local, cheio de árvores, agrada em cheio a todos. A Praça
do Poeta é a mais antiga, pois existe desde a fundação
da escola. (http://www.gd.g12.br)
Antônio
Gonçalves Dias nasceu no dia 10 de agosto de 1823, nos
arredores de Caxias, no Maranhão. Filho natural de português
e mestiça, com a morte do pai, em 1838 embarcou para
Portugal, para prosseguir nos estudos. Com a ajuda da madrasta
pôde viajar e matricular-se no curso de Direito em Coimbra.
A situação financeira da família tornou-se
difícil em Caxias, por efeito da Balaiada, e a madrasta
pediu-lhe que voltasse, mas ele prosseguiu nos estudos graças
ao auxílio de colegas, formando-se em 1845. Em Coimbra,
ligou-se ao grupo dos poetas chamado de "medievalistas",
que se reunia em torno do Trovador. À influência
dos portugueses juntou-se a dos românticos franceses,
ingleses, espanhóis e alemães. Em 1843 surgiu
a "Canção do exílio", um das
mais conhecidas poesias da língua portuguesa. Regressa
ao Brasil em 1845, passando rapidamente pelo Maranhão
e, em meados de 1846, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde
morou até 1854. Lá, se dedicou ao magistério
(professor de Latim e História do Brasil no Colégio
Pedro II), ao jornalismo (redator da revista Guanabara) e à
elaboração de sua obra poética, teatral
e etnográfica e historiográfica, a última
das quais relacionada com as várias missões que
lhe são destinadas, aqui e no estrangeiro. Em 1851, partiu
Gonçalves Dias para o Norte em missão oficial
e no intuito de desposar Ana Amélia Ferreira do Vale,
de 14 anos, o grande amor de sua vida, cuja mãe não
concordou por motivos de sua origem bastarda e mestiça.
Mais tarde Ana Amélia lhe inspiraria o poema "Ainda
uma vez — adeus!". Frustrado, casou-se no Rio, em
1852, com Olímpia Carolina da Costa. Foi um casamento
de conveniência, origem de grandes desventuras para o
Poeta, devidas ao gênio da esposa, da qual se separou
em 1856. Tiveram uma filha, falecida na primeira infância.
Nomeado para a Secretaria dos Negócios Estrangeiros,
permaneceu na Europa de 1854 a 1858, em missão oficial
de estudos e pesquisa.
|
|

Pesquisa Acadêmica - Estátuas e Bustos Históricos
na Cidade do Rio de Janeiro. UFRJ, 2005 |
Voltou
ao Brasil e, em 1861 e 62, viajou pelo Norte, pelos rios Madeira e Negro,
como membro da Comissão Científica de Exploração.
Voltou ao Rio de Janeiro em 1862, seguindo logo para a Europa, em tratamento
de saúde, bastante abalada, e buscando estações de
cura em várias cidades européias. Em 10 de setembro de 1864,
embarcou para o Brasil no Havre no navio Ville de Boulogne, que naufragou,
no baixio de Atins, nas costas do Maranhão, tendo o poeta perecido
no camarote, sendo a única vítima do desastre, aos 41 anos
de idade.
Obras: Primeiros contos, poesia (1846); Leonor de Mendonça, teatro
(1847); Segundos cantos e Sextilhas de Frei Antão, poesia (1848);
Últimos cantos (1851); Cantos, poesia (1857); Os Timbiras, poesia
(1857); Dicionário da língua tupi (1858); Obras póstumas,
poesia e teatro (1868-69); Obras poéticas, org. de Manuel Bandeira
(1944); Poesias completas e prosa escolhida, org. de Antonio Houaiss (1959);
Teatro completo (1979).
CANÇÃO
DO EXÍLIO
“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá..
Nosso céu
tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossas flores têm mais vida,
Nossas vidas mais amores.
Em cismar, sozinho,
à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
|
Minha terra tem
primores,
Que tais não encontra eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita
Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.”
|
Coimbra, julho de
1843
http://www.mundocultural.com.br/
http://www.biblio.com.br/
http://www.e-biografias.net/modules/news/
Monumento
a José de Alencar
Está
localizado na praça José de Alencar, no Catete, modelada
e fundida pelo escultor Rodolfo Bernardelli. Inaugurada em 1º de
Maio de 1897. Em seu pedestal foram embutidos medalhões em baixos
relevos do mesmo escultor representando cenas extraídas dos romances:
O Guarany, o Gaúcho, o Sertanejo e Iracema. (Carlos Sarthou - As
Estátuas do Rio de Janeiro, Leo Editores, RJ.)

Pesquisa Acadêmica - Estátuas e Bustos Históricos
na Cidade do Rio de Janeiro. UFRJ, 2005 |
|
Nasceu em
1829 em Mecejana (CE). Era filho do padre, depois senador, José
Martiniano de Alencar e de sua prima Ana Josefina de Alencar,
com quem formara uma união socialmente bem aceita, desligando-se
bem cedo de qualquer atividade sacerdotal. E neto, pelo lado paterno,
do comerciante português José Gonçalves dos
Santos e de D. Bárbara de Alencar, matrona pernambucana
que se consagraria heroína da revolução de
1817. Ela e o filho José Martiniano, então seminarista
no Crato, passaram quatro anos presos na Bahia, pela adesão
ao movimento revolucionário irrompido em Pernambuco. As
mais distantes reminiscências da infância do pequeno
José mostram-no lendo velhos romances para a mãe
e as tias, em contato com as cenas da vida sertaneja e da natureza
brasileira e sob a influência do sentimento nativista que
lhe passava o pai revolucionário. Em 1838, transferiu-se
com a família para o Rio de Janeiro, onde o pai desenvolveria
carreira política e onde freqüentou o Colégio
de Instrução Elementar. Em 1844 vai para São
Paulo, onde permanece até 1850, terminando os preparatórios
e cursando Direito, salvo o ano de 1847, em que faz o 3º
ano na Faculdade de Olinda.
|
Formado,
começa a advogar no Rio e passa a colaborar no Correio Mercantil,
convidado por Francisco Otaviano de Almeida Rosa, seu colega de Faculdade,
e a escrever para o Jornal do Comércio os folhetins que, em 1874,
reuniu sob o título de Ao correr da pena. Redator-chefe do Diário
do Rio de Janeiro em 1855. Filiado ao Partido Conservador, foi eleito
várias vezes deputado geral pelo Ceará; de 1868 a 1870,
foi ministro da Justiça. Porém, não conseguiu realizar
a ambição de ser senador, devendo contentar-se com o título
do Conselho. Desgostoso com a política, passou a dedicar-se exclusivamente
à literatura. Começou com críticas ao poema épico
de Domingos Gonçalves de Magalhães, favorito do Imperador.
Assim, denota o grau de seus estudos de teoria literária e suas
concepções do que devia caracterizar a literatura brasileira,
para a qual, a seu ver, era inadequado o gênero épico, incompatível
à expressão dos sentimentos e anseios da gente americana
e à forma de uma literatura nascente. Optou, ele próprio,
pela ficção, por ser um gênero moderno e livre. Ainda
em 1856, publicou o seu primeiro romance conhecido: Cinco minutos. Em
1857, revelou-se um escritor mais maduro com a publicação,
em folhetins, de O Guarani, que lhe granjeou grande popularidade. Daí
para frente escreveu romances indianistas, urbanos, regionais, históricos,
romances-poemas de natureza lendária, obras teatrais, poesias,
crônicas, ensaios e polêmicas literárias, escritos
políticos e estudos filológicos.
Em 1897, ao fundar-se a Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis
escolheu-o como patrono de sua Cadeira. Foi chamado “o patriarca
da literatura brasileira” pelo povo. aleceu no Rio de Janeiro, de
tuberculose, aos 48 anos de idade.
“Os
dois homens olharam-se um momento em silêncio; ambos tinham a mesma
grandeza de alma e a mesma nobreza de sentimentos; entretanto as circunstâncias
da vida haviam criado neles um contraste. Em Álvaro, a honra e
um espírito de lealdade cavalheiresca dominavam as suas ações;
não havia afeição ou interesse que pudesse quebrar
a linha invariável, que ele havia traçado, e era a linha
do dever.
Em Peri a dedicação sobrepujava tudo; viver para uma senhora,
criar uma espécie de providência humana, era a sua vida;
sacrificaria o mundo se preciso fosse, contanto que pudesse como o Noé
dos índios, salvar uma palmeira onde abrigar Cecília. Entretanto
essas duas naturezas, uma filha da civilização, a outra
filha da liberdade selvagem (...)”
(Trecho do texto “O Guarani- II PARTE – PERI, XIV A XÁCARA
” de José de Alencar, 1857)
http://www.mec.gov.br/seed/tvescola/mestres/jose/index.shtm
http://www.academia.org.br/imortais/cads/23
FARACO&MOURA – LITERATURA BRASILEIRA, 1998. EDITORA ÁTICA,
SÃO PAULO, SP. PAG 139 |