O Acervo Escultórico do Rio de Janeiro

 
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Monumento a Sinhô



Pesquisa Acadêmica - Estátuas e Bustos Históricos na Cidade do Rio de Janeiro. UFRJ, 2005
 

Busto feito pelo escultor Tito Bernucci, no ano de 1970 e está localizado no Campo Santana. (Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro / Divisão de Monumentos e Chafarizes da Fundação Parques e Jardins).

José Barbosa da Silva, o Sinhô, nasceu no Rio de Janeiro em 18 de setembro de 1888 - foi o mais reconhecido compositor carioca de 1920 (quando explodiram no carnaval carioca o samba Fala meu Louro e a marcha O Pé de Anjo ) até sua morte em 04 de agosto de 1930 - a bordo da velha barca que fazia a travessia entre a Ilha do Governador e o Cais Pharoux.
Polêmico, era constantemente acusado de plagiar composições ou de "se apropriar" indevidamente de músicas alheias garantindo serem suas. Para isso, tinha sempre uma boa resposta na ponta da língua: "Samba é como passarinho. É de quem pegar". Talvez por isso foi o primeiro compositor brasileiro a se preocupar com direitos autorais - fazendo questão de carimbar cada uma de suas partituras com seu nome e assinatura. Isso depois de passar por um terreiro de Candomblé para que seu pai de santo garantisse o sucesso da música, com uma reza.
José Ramos Tinhorão garantia que Sinhô havia inventado a batida da Bossa Nova com quase 30 anos de antecedência - para substituir o baixo do violão em voga na época, ele usava as cordas maiores para fazer um acompanhamento à base de contratempos rítmicos.
Controvertido, mulherengo, vaidoso, maldizente, Sinhô era, na verdade, um dos mais bem-humorados compositores brasileiros do início do século.

JURA (SINHÔ)

Jura, jura, jura
pelo Senhor
Jura pela imagem
da Santa Cruz do Redentor
pra ter valor a tua jura
jura, jura
de coração
para que um dia
eu possa dar-te o amor
sem mais pensar na ilusão
Daí então dar-te eu irei
o beijo puro da catedral do amor
Dos sonhos meus, bem junto aos teus
para fugirmos das aflições da dor

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Monumento a Tiradentes

Em frente ao edifício da Câmara dos Deputados, local da antiga cadeia velha, de onde Tiradentes saiu para forca. Obra de Francisco Andrade inaugurada em 06/05/1926. Mede 4,50m de altura. O pedestal de granito tem 4 m. (Carlos Sarthou - As Estátuas do Rio de Janeiro, Leo Editores, RJ)

Joaquim José da Silva Xavier é seu nome. Filho de pai português e mãe brasileira, nasceu em 1976 na fazenda de Pombal, entre São João Del Rei e São José Del Rei ( hoje Tiradentes). Ficou órfão de mãe aos nove e de pai aos onze. Foi morar com o padrinho, que era dentista. Tornou-se conhecido, na sua época, na então capitania, por sua habilidade com que arrancava e colocava novos dentes feitos por ele mesmo, com grande arte. Daí teria surgido o apelido de Tiradentes.
Em 1775, alistou-se na Companhia de Dragões da companhia de Minas Gerais, chegando logo ao posto de alferes. Tinha como função patrulhar a carga de ouro e diamantes que saia das minas para o porto do Rio de Janeiro.
Em 1787, desgostoso com a riqueza que se ia e coma miséria que ficava, pediu licença da Companhia de Dragões e voltou a trabalhar como dentista, agora no Rio de Janeiro, onde encontrou pessoas que tinham idéias de separar o Brasil de Portugal. Logo depois, juntou-se aos Inconfidentes de Vila Rica e em 21 de abril de 1792, morreu enforcado.

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Pesquisa Acadêmica - Estátuas e Bustos Históricos na Cidade do Rio de Janeiro. UFRJ, 2005

Monumento ao Cristo Redentor

O corcovado é a maior estátua do Rio de Janeiro e uma das maiores do mundo. Talvez só a Estátua da Liberdade de Nova York, possa rivalizar com ela em tamanho. É de cimento armado, que está calculado para resistir a um tufão de 100 quilômetros por hora, o que não acontece no Rio. Suas medidas são: 30m de altura da estátua, 38m de altura do monumento e 3,75m de altura da cabeça. O peso total do monumento é de 1.145 toneladas. (http://www.minc.gov.br)



 

Um dos pontos turísticos de maior atração em nossa cidade, o Corcovado é uma montanha de 704 m de altitude, localizada no extremo frontal da Serra da Carioca e foi visitado pela primeira vez no início do século XIX. A iniciativa da abertura de um caminho terrestre para o Corcovado foi de D. Pedro I. Assessorado por engenheiros militares, D. Pedro I percorreu as montanhas que circundavam a cidade e dirigiu pessoalmente, os trabalhos para abrir uma picada para um cavaleiro, no Corcovado. No cimo do morro, mandou instalar um telégrafo.
Em 1882, teve início uma nova forma de acesso ao local, desta feita por via férrea. A primeira etapa da linha inaugurada, com a presença da família imperial, em outubro de 1884, se estendia do Cosme Velho até às Paineiras. O segundo trecho até o alto do morro, foi inaugurado e aberto ao público em 1885. Ainda hoje é possível percorrer o caminho até o Corcovado por via férrea que teve seus equipamentos modernizados ao longo do tempo. A idéia de se ter uma imagem do Cristo, coroando o Morro do Corcovado segundo a tradição, deve-se ao padre Pedro Maria Boss. No dia 4 de abril de 1922 sob a orientação do Cardeal, uma comissão deveria escolher o melhor projeto a executar. O concurso foi lançado em 1923 e três foram os projetos apresentados, sendo seus autores: José Agostinho dos Reis, Adolfo Morales de Los Rios e Heitor da Silva Costa. Venceu o projeto de Silva Costa. A concepção inicial para o monumento atendendo a algumas críticas acirradas, sofreu alterações, a figura do Nazareno que antes empunhava em suas mãos um globo e uma cruz, foi substituída pela imagem de Cristo que conhecemos nos dias atuais, e que traz em suas linhas, o simbolismo da cruz.

Em 1924 Heitor da Silva Costa embarcou para a Europa, com a finalidade de escolher um especialista em estatuária, para iniciar os trabalhos, a escolha recaiu sobre o artista francês, de origem polonesa, Paul Landowsky Para acionar o dispositivo que iluminaria o monumento programou-se uma transmissão telegráfica a ser deflagrada pelo inventor Marconi que se encontrava na Itália. O sistema não funcionou como o esperado, mas o Cristo foi iluminado graças à habilidade do engenheiro Gustavo Corção e sua equipe, atribui-se a Rinaldo Franco o ato de ter acionado o interruptor responsável pela iluminação. O Cristo Redentor, monumento símbolo da cidade do Rio de Janeiro, tem 30 metros de altura e é apoiado em um pedestal com a forma de tronco de pirâmide de base octogonal. Desde a sua inauguração foram realizadas obras para facilitar o acesso, ao local, além de outras benfeitorias.

http://www.minc.gov.br


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