Monumento ao Prefeito Francisco Pereira Passos
Diário de Notícias. Monumentos da
Cidade, Rio de Janeiro - 1946 |
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Trabalho
do escultor Bernardelli, representa o inesquecível prefeito
assinando a planta de remodelação da cidade do
Rio de Janeiro. O busto, assenta sobre um pedestal de granito
de 3m de altura, sendo a altura do monumento de 4,5m e pesando
11 toneladas. (Carlos Sarthou – As Estátuas do
Rio de Janeiro/ Leo Editores –RJ)
Pereira
Passos formou-se engenheiro durante o Império, quando
o caminho natural da profissão no Brasil era o emprego
público. Essa experiência fez com que ele se identificasse
com o ideal do Império, que era construir uma civilização
nos trópicos. Os engenheiros mais jovens, como Paulo
de Frontin, estavam ligados à iniciativa privada e seu
discurso está associado à defesa do progresso,
do novo. Passos tem outra perspectiva. Ele acha importante que
uma civilização preserve sua história.
Passos tentou integrar diferentes partes da cidade, fazendo
intervenções que não se resumiam à
preocupação do presidente com o novo porto. A
Avenida Beira-Mar e a Mem de Sá, além dos corredores
criados pelo alargamento de ruas, teriam por objetivo facilitar
a circulação de habitantes das diferentes zonas
da cidade até o Centro, que serviria como um pólo
irradiador de civilização:
A esperança de Passos é que as pessoas viessem
do subúrbio para o Centro, onde entrariam em contato
com aquele padrão de civilização europeu:
as roupas, hábitos de higiene e os produtos importados
consumidos pela elite carioca.
http://www.portalbrasil.net
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Monumento
ao Prefeito Pedro Ernesto
O busto de bronze
assenta sobre um pedestal de granito róseo lustrado,medindo
3m de altura. Existe também um medalhão com a
sua efígie incrustado no granito, sobre o qual se ergue
uma figura de mulher, trabalho em bronze,de autoria do escultor
Humberto Cozzo. (http://www.camara.rj.gov.br)
O primeiro
prefeito eleito, de forma indireta, foi o médico e político
Pedro Ernesto do Rego Batista. Nascido em Recife, Pernambuco,
em 25 de setembro de 1884, ele veio ao Rio para estudar Medicina
e, até morrer, em 10 de agosto de 1942. Sua trajetória
política inicia em 1922, apoiando o movimento tenentista.
Em 1929, adere à Aliança Liberal, de Getúlio
Vargas. Revolucionário de 22, 26 e 30, Pedro Ernesto
era chamado de "Mãe dos Tenentes", pelo respeito
e admiração que tinham por ele, além de
ser seu médico.
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Por imposição
dos tenentes, o presidente Getúlio Vargas o nomeou prefeito-interventor
do então Distrito Federal. Com a força conquistada por
uma administração popular e humanista, funda o Partido
Autonomista, que vence as eleições municipais de 3 de
maio de 1935, conquistando a esmagadora maioria de 18 dos 20 vereadores
eleitos. Conforme a legislação da época, Pedro
Ernesto - como vereador mais votado. Criou o Departamento de Turismo,
a Polícia Municipal e dignificou o funcionalismo, regularizando
seus vencimentos e oferecendo assistência médico-jurídica
aos servidores. Por sua administração eminentemente popular
e pelo combate ao fascismo dos países do Eixo (a Alemanha de
Hitler e a Itália de Mussolini), Pedro sofreu em 1934 intensa
campanha anticomunista, embora ele não se considerasse nem um
pouco comunista. Acabou preso em 1936,afastado da Prefeitura e teve
cassada sua patente de coronel-médico da reserva do Exército.
Absolvido pelo Supremo Tribunal Militar, em 13 de setembro de 1937,
junto a dezenas de presos políticos, ao sair às ruas é
festejado pelas escolas de samba, em meio ao povo. Preso algumas outras
vezes, Pedro Ernesto morreu na oposição, em 1942. Até
hoje, deixa seu exemplo como político que defendia a gente pobre
dos morros.
http://www.camara.rj.gov.br
Monumento
ao Renascimento da Construção Naval Brasileira

Diário de Notícias. Monumentos da Cidade,
Rio de Janeiro - 1946 |
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A
atividade da nova fase de construções navais, a
cargo do Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras, inspiraram a iniciativa
da construção desse monumento.
Em uma face do monumento, um bronze representa a inteligência,
preparo científico e a capacidade profissional do técnico,
em outra face, a cerimônia de “bater a quilha”,
em outra, a grave operação de lançar ao mar
e na última, a coragem e o patriotismo.
Teve grande
comparecimento o aspecto dos dias festivos, a cerimônia
realizada no Arsenal da Marinha da Ilha das Cobras, no dia 29
de novembro de 1943 para o lançamento ao mar dos contra-torpedos
“Amazonas” e “Araguaia”e caça submarinos
“Rio Pardo” e da incorporação à
Armada dos contra-torpedos “Marcílio Dias”,
“Mariz e Barros” e “Greenhalgh”.
O monumento encontra-se na moderna praça onde está
localizado o dique “Rio de Janeiro”e é muito
expressivo, de linhas acentuadas, formando um conjunto harmônico.
MONUMENTOS
DA CIDADE – REPORTAGEM PUBLICADA PELO DIÁRIO DE NOTÍCIAS,
1946, RJ
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