Monumento a Miguel Couto
O
monumento, que se ergue no jardim da Praia de Botafogo, em frente ‘a
Rua Marques de Olinda, onde está localizada a casa onde viveu
por muitos anos o grande médico, foi inaugurada no dia 03 de
setembro de1944, data aniversária da fundação da
Faculdade Nacional de Medicina. A iniciativa de homenagem ao professor
Miguel Couto pertence aos colegas , discípulos e amigos do grande
médico .O monumento a Miguel Couto foi idealizado e executado
pelo escultor , Heitor Usal. Mede quase sete metros desde a base, tendo
a estátua de bronze três metros e meio de altura.A base
foi trabalhada em granito de Petrópolis.
Diário
de Notícias. Monumentos da Cidade, Rio de Janeiro - 1946 |
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Miguel Couto
nasceu na cidade do Rio de Janeiro, a 1º de maio de 1865.
Era filho de Francisco de Oliveira Couto e de Maria Rosa do
Espírito Santo. Faleceu no Rio de Janeiro, a 6 de junho
de 1934.Membro da Academia Brasileira de Letras, eleito em 9
de dezembro de 1916, foi empossado em 2 de junho de 1919.
Freqüentou o Colégio Briggs ingressando, a seguir,
na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, da qual se tornaria
lente, por concurso, no ano de 1898 Desenvolveu também
um trabalho sobre a imigração japonesa em São
Paulo, que resultou na obra Para o futuro da pátria -
evitemos a niponização do Brasil. Presidiu a Comissão
de Saúde da Câmara dos Deputados, tendo participado
da elaboração de projetos e sugestões relativos
a problemas sanitários que afetavam a população
brasileira, com destaque para o exame pré-nupcial, a
difusão da vacina antituberculose BCG, a proteção
à saúde dos radiologistas e a profilaxia do bócio
endêmico no interior do país. Tratou ainda do combate
à malária e à esquistossomose, da vacinação
antidiftérica.Entre os inúmeros trabalhos de sua
autoria versando sobre temas médicos, destacam-se: Extra-sístoles
e extra-sistolia, Um caso de seringomielia comprovada pela necrópsia,
Tratamento da taquicardia paroxísmica (1926), O problema
médico da aviação (1928), A vacina BCG
e seus resultados em França (1928), A dieta de Whipple
nas anemias de origem palustre e verminose (1929), Beribéri
- moléstia infecciosa - estudo clínico (1933),
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Trecho
de ”Pelo sertão, !” Publicado em 1898
O sol estava querendo sumir, quando eu encostei a porteira. Pulei da
sela e amarrei, no moirão, o ruço pedrês - bicho
malcriado, reparador, mas de espírito. No lombo desse pagão
eu comia doze léguas, de uma assentada. Olhei a frente da casa,
pus a mira no alpendre e não vi ninguém. - Uai, Joaquim,
aí tem coisa! - Entrei bem sutil, reparando duma banda e outra.
"Patrão velho, na hora em que eu estava arreando o pedrês,
tinha chegado perto de mim, dizendo: - Olha lá, Mironga, não
me vás sair um perrengue!
- Perrengando, perrengando, meu branco, eu entrei lá dentro.
Vossemecê há de ver, com o favor de Deus."
- Olha o café, Joaquim, sem te cortar a conversa - disse um caboclo
meão, de chapéu de couro e sisigola. E estendeu o cuité
fumarento, onde parecia ainda borbulhar o líquido.
Na varanda da frente, a gente do retiro estava reunida para ouvir o
Joaquim, Era tempo de vaquejada e todo o dia havia um caso novo, uma
chifrada de marruá, uma passagem bem feita com algum garrote
bravo. A varanda era comprida, defendendo-a do mau tempo a grande cimalha,
apoiada em colunas de madeira lavrada. Presas a estas, duas ou três
redes, tecidas de seda de buriti, embalavam o sono da camaradagem, que
ruminava o jantar depois de um dia fadigoso, em que o gado na verdade
dera que fazer.
Demais, esse gado de beira do rio Preto não era caçoada.
E nesse dia, no cerrado do Periquito, os vaqueiros toparam uma rês
alevantada, que fez o diabo.
Mas o Joaquim não era homem de ficar quieto assim, de barriga
para o ar, como qualquer tiú ao sol. Era preciso animar a rapaziada
na véspera de qualquer trabalho mais difícil.
www.academia.org.br
http://www.cpdoc.fgv.br/dhbb/verbetes_htm/1566_1.asp
http://www.biblio.com.br/Templates/biografias/miguelcouto.htm
Livro - Monumentos da Cidade
Monumento
a João Caetano
Esta estátua é de autoria do
escultor Francisco Manuel Chaves Pinheiro, que a projetou e
gesso. Foi fundida em Roma, e 1890, pelo artista Nisi . O pedestal
foi levantado e frente ‘a antiga Academia de Belas Artes,
a estátua é de bronze , em tamanho natural. Depois
que a Academia deixou sua primitiva sede, na travessa das Belas
Artes, a estátua de João Caetano foi removida
para um recanto do parque da praça da República.
Mais tarde, em 24 de maio de 1916, foi colocada no lugar adequado,
em frente ao Teatro João Caetano, antigo Teatro Slai
Oedro, na praça Tiradentes.
Dramaturgo
e ator brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, cujas iniciativas
no palco ou na administração de companhias dramáticas,
marcaram o início do teatro brasileiro como atividade
profissional contínua. Lançou-se como ator (1831)
e, no ano seguinte, conheceu a bailarina e atriz Estela Sezefreda,
que se associou a seu trabalho e se tornou sua companheira,
casando-se com ele (1845). Sua primeira companhia assinalou
seu rompimento com a tradição ao montar em Niterói
(1833), O príncipe amante da liberdade ou A independência
da Escócia, peça interpretada exclusivamente por
atores brasileiros, rompendo com uma tradição
até então, em que os artistas, a linguagem e os
repertórios vinham de Portugal.
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http://www.marcelinas-rio.com.br |
Após inúmeras
dificuldades, foram levadas à cena (1836) as primeiras peças
românticas, de Alexandre Dumas e Victor Hugo. O ator publicou
dois livros com seu ideário estético: Reflexões
dramáticas (1837) e Lições dramáticas (1862).
Teve sucesso como intérprete em peças como Antônio
José (1838), Os dois renegados (1840) e A gargalhada (1850).
Sua última criação no palco foi Os nossos íntimos
(1862) e morreu no Rio de Janeiro. Além de atuar em muitas peças,
tanto no Rio como nas províncias, João Caetano publicou
dois livros sobre a arte de representar: "Reflexões Dramáticas",
de 1837 e "Lições Dramáticas", de 1862.
Em 1860, João Caetano organizou no Rio uma escola de Arte Dramática,
em que ensino era totalmente gratuito.
www.nossosaopaulo.com.br
http://www.marcelinas-rio.com.br
http://www.sobiografias.hpg.ig.com.br/JoaCaeSa.html
Livro - Monumentos da Cidade
Monumento
a Vicente Celestino

Pesquisa Acadêmica - Estátuas e Bustos Históricos
na Cidade do Rio de Janeiro. UFRJ, 2005 |
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Busto
em bronze, de autoria de Mateus Fernandes, que se situava no Largo
da Carioca. Foi inaugurado em 6 de setembro de 1960. Provavelmente
foi perdido quando retirado para a obra de construção
do Metrô do Rio de Janeiro.
Antônio
Vicente Filipe Celestino nasceu no Rio de Janeiro, no bairro de
Santa Tereza, filho de italianos da Calábria. Dos 6 homens
(eram 11 irmãos), 5 dedicaram-se ao canto e 1 ao teatro.
Desde os 8 anos, por causa de sua origem humilde, Celestino teve
de trabalhar: sapateiro, vendedor de peixe, jornaleiro e, já
rapaz, chefe de seção numa indústria de calçados
Antes do teatro cantava muito em festas, serenatas e chopes-cantantes.
Rapidamente, depois de oportunidade no teatro, alcançou
renome. Formou companhias de revistas e operetas com atrizes-cantoras,
Vicente Celestino representa, em toda a história de nossa
música, a mais longa e ininterrupta carreira de intérprete
sem jamais ver diminuída a popularidade. Quando morreu,
às vésperas dos 74 anos, no Hotel Normandie, em
São Paulo, estava de saída para um show com Caetano
Veloso e Gilberto Gil, que seria gravado para um programa de televisão.
Foram 54 anos de vida artística, se contados a partir de
1914, ano de sua estréia na Companhia do Teatro São
José. A valsa "Flor do Mal" foi nessa ocasião
seu primeiro grande sucesso e também entrou no seu primeiro
disco, em 1916, na Odeon . Também são suas criações
as músicas "Ouvindo-te", "Coração
Materno","Patativa e"Porta Aberta".ã.
Duas delas dariam o tema, mais tarde, para dois filmes de enorme
sucesso.
Suas ultimas palavras foram: ”não me deixem morrer”
http://vagalume.uol.com.br
http://www.rio.rj.gov.br/fpj
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