Monumento a Pinheiro Machado
Diário de Notícias. Monumentos da Cidade, Rio de
Janeiro - 1946 |
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Em projeto apresentado
na Câmara dos Deputados pelo deputado Francisco Valadares,
o Ministério da Justiça abriu concorrência
que foi ganha pelo escultor Leão Veloso. O monumento
assenta sobre uma base construída em pedra comum e cimento,
com quatro degraus de acesso ao pedestal, composto de colunas
de granito e cantaria, de altura de cinco metros. Em tamanho
natural, encontra-se de frente para o lado da rua Visconde de
Pirajá, a figura em bronze de do general Pinheiro Machado.
Nas faces laterais encontram-se, também em tamanho natural,
duas figuras de mulher que simbolizavam a Glória e a
Apoteose.
José
Gomes Pinheiro Machado era chamado pela imprensa da época
de Mandarim da República. Foi general da brigada honorário
e presidente do Senado Federal, pela bancada do Rio Grande do
Sul, nasceu a 08 de maio de 1847, em São Luiz, na região
serrana daquele estado. Filho do então bacharel Antonio
Pinheiro Machado. Eleito senador pelo Rio Grande do Sul por
quatro mandatos (1890, 1897, 1906 e 1915), foi um dos políticos
mais atuantes da República Velha, opondo-se à
hegemonia paulista e à aliança entre São
Paulo e Minas Gerais (conhecida como “política
café com leite”, “política dos governadores”
ou “política clientelista”).
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Republicano
histórico, foi um dos fundadores do Partido Republicano Conservador,
exercendo acentuada influência sobre as cúpulas partidárias
e conseguindo obter várias concessões no intransigente
regime da “política dos governadores”. A ascensão
de uma nova oligarquia com base na política gaúcha, sob
seu comando, foi denominada de “Política das Salvações”.
No Senado, travou históricas disputas com o senador baiano Rui
Barbosa, expostas em longos discursos. O espírito conservador
e caudilhesco de Pinheiro Machado, denominado pelos congressistas de
'o chefe', contrastava-se com a intelectualidade progressista de Rui
Barbosa, denominado de 'o mestre'. Ambos dividiram a cena política
da República Velha, representando as duas principais vertentes
partidárias do período, respectivamente Conservadora e
Liberal. Pinheiro Machado foi atingido pelas costas, no saguão
do Hotel dos Estrangeiros, no Rio de Janeiro, com duas punhaladas desferidas
por Manso de Paiva, que se utilizou de uma faca cega e enferrujada,
adquirida em uma feira livre, em 08 de setembro de 1915.
http://www.senado.gov.br/comunica/historia/
Monumento
a Machado de Assis
Estátua
de Machado de Assis, no pátio da Academia Brasileira
de Letras, uma homenagem a seu 1o Presidente. Coelho Neto, em
1926, fez um apelo à Nação para que fosse
erigido um monumento em sua honra e que hoje se encontra –
se em frente à A.B.L. Nela constam as inscrições:
“Para que o desaparecido da terra voltasse à superfície
da vida ressurgido em glória”.
De origem humilde, nasceu no Rio de Janeiro em época
de grande discriminação. Mestiço, vendedor
de doces, aprendiz de tipógrafo, pobre, conseguiu destacar-se,
sendo considerado o maior nome da literatura brasileira. Dominou
todos os gêneros literários: teatro, poesia, crônica,
conto, crítica, romance. De tipógrafo a redator
e assistente de diretor do Diário Oficial, trabalhou
em jornais e revistas do Rio de Janeiro. Foi fundador e primeiro
presidente da Academia Brasileira de Letras. Casou com uma portuguesa,
Carolina de Novais, em 1869. Por intermédio dela conheceu
os clássicos portugueses e ingleses. A ela dedicou seu
mais famoso soneto – A Carolina. Suas primeiras obras
foram inspiradas no romantismo. A partir de 1881, teve no realismo
sua fase áurea. Da primeira época, destacam-se:
Ressurreição, A mão e a Luva, Helena, Iaiá
Garcia. Da fase realista: Memórias Póstumas de
Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú
e Jacó e o livro da saudade – Memorial de Aires
– publicado no ano em que morreu. Reconhecido por grandes
nomes da literatura européia, foi outro ilustre brasileiro,
Rui Barbosa, quem lhe fez o epitáfio.
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http://www.marcillio.com/rio |
Fragmento
do livro: “AMERICANAS (edição de 1875)”.
POEMA : POTEIRA (Vasc. Chr. da Companhia de Jesus, liv 3º)
“(...) Os Tamoios, entre outras presas que fizeram, levaram
esta índia, a qual pretendeu o capitão da empresa violar:
resistiu valorosamente dizendo em língua brasílica: “Eu
sou cristã e casada; não hei de fazer traição
a Deus e a meu marido; bem podes matar-me e fazer de mim o que quiserdes.
Deu-se por afrontado o bárbaro, e em vingança lhe acabou
a vida com grande crueldade(...)”
“Moça
cristã das solidões antigas,
Em que áurea folha reviveu teu nome?
Nem o eco das matas seculares,
Nem a voz das sonoras cachoeiras,
O transmitiu aos séculos futuros.
Assim da tarde estiva às auras frouxas
Tênue fumo do colmo no ar se perde;
Nem de outra sorte em moribundos lábios
A humana voz expira. O horror e o sangue
Da miseranda cena em que, de envolta
Co'os longos, magoadíssimos suspiros,
Cristã Lucrécia, abriu tua alma o vôo
Para subir às regiões celestes
Mal deixada memória aos homens lembra.
Isso apenas; não mais; teu nome obscuro,
Nem tua campa o brasileiro os sabe”
http://www.machadodeassis.org.br/obras009.htm
Monumento
a João Pessoa
Diário de Notícias. Monumentos da Cidade,
Rio de Janeiro - 1946 |
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Inaugurada
no dia 26 de julho de 1937 na Praia de Botafogo, por iniciativa
de uma comissão de antigos membros da Aliança liberal,
a estátua é de autoria do escultor Samuel Martins
Ribeiro. Medindo quatro metros de altura e apresentando a figura
de João Pessoa de pé, ereto, olhar firme, de mãos
para trás, atitude que lhe era peculiar. Assenta o bronze
sobre um pedestal de granito, tendo a frente voltada para a extrema
alameda constrita ao longo da praia de Botafogo. No pedestal foi
gravada a seguinte inscrição: “A João
Pessoa, a Aliança Liberal”.
João
Pessoa Cavalcanti de Albuquerque nasceu em Umbuzeiro (PB), em
1878. Era sobrinho do ex-presidente da República Epitácio
Pessoa e sobrinho-neto do barão de Lucena, presidente da
província de Pernambuco durante o Império e ministro
da Fazenda do governo de Deodoro da Fonseca. Ingressou, em 1895,
na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, mas não
concluiu seu curso. Em 1899, matriculou-se na Faculdade de Direito
de Recife, por onde se formou em 1904. Em 1909, transferiu-se
para o Rio de Janeiro, trabalhando como advogado no Ministério
da Fazenda e na Marinha. Em julho de 1919, três meses após
a posse de Epitácio Pessoa na presidência, foi nomeado
ministro do Supremo Tribunal Militar (STM). Na década de
20, atuou como juiz nos processos movidos contra os envolvidos
nos levantes tenentistas então deflagrados, destacando-se
sempre pelo rigor contra os acusados. Alçado à condição
de mártir da revolução, João Pessoa
morreu de infarto no ano de 1930, foi enterrado no Rio de Janeiro
e seus funerais provocaram grande comoção popular,
levando setores do Exército antes reticentes a apoiar a
causa revolucionária.
http://www.cpdoc.fgv.br/nav_historia/htm/anos20/ev_rev30_001.htm
http://www.cpdoc.fgv.br/nav_historia/htm/biografias/ev_bio_joaopessoa.htm
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