Monumento aos Heróis da Batalha do Rosário
Diário de Notícias. Monumentos da Cidade, Rio de
Janeiro - 1946 |
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O monumento aos heróis
da Batalha do Passo do Rosário foi idealizado e projetado
pelo então major José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque,
comandante interino daquele Regimento, e compõe-se de
uma coluna de granito, com forma de um canhão, em cuja
boca assenta uma granada flamejante. Em torno do bloco, ao meio,
numa faixa de bronze, atravessada de espada, lê-se a seguinte
inscrição: “Aos bravos do Primeiro Regimento
de Cavalaria da Batalha do Rosário”. Inaugurado
em fevereiro de1926, por ocasião das comemorações
do 99º aniversário da batalha do Passo do Rosário.
A Batalha do Passo
do Rosário foi a maior batalha campal ocorrida em solo
brasileiro. Com o apoio das Províncias Unidas do Prata
(atual Argentina) a revolta de Juan Lavalleja contra o domínio
brasileiro sobre o Uruguai, D. Pedro I declara guerra àquelas
províncias em janeiro de 1826. De início o imperador
brasileiro pouca atenção deu a esta revolta, dado
que se encontrava frente a outras que ocorriam em províncias
consideradas mais importantes ou estratégicas ( Maranhão,
Pará, Pernambuco, Bahia e na própria capital,
Rio de Janeiro). A Batalha do Passo de Rosário foi resultado
do avanço do exército sob comando de Alvear (Exército
Republicano) no final de janeiro de 1827 sobre as pequenas vilas
e cidades da fronteira situadas do lado brasileiro. O Marquês
de Barbacena começa a perseguição do inimigo,
vindo a achá-lo disposto a batalha no dia 19 de fevereiro
deste ano. Essa batalha não foi desastrosa, de forma
alguma, mas, ao contrário, honrosa para as armas brasileiras
e para o General que comandou, o Marquês de Barbacena.
http://pt.wikipedia.org/wiki/
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Monumento
ao barão de Taunay
O
monumento em mármore ao barão de Taunay, erguido e homenagem
ao grande artista, foi erigido em 1926, em frente à cascatinha,
no Alto da Boa Vista. Compõe-se de uma rotunda construída
em granito da Tijuca, junto a uma palmeira. A retumba tem a sua base num
pedestal de dois degraus, também em granito.Na face fronteira à
cascata, sob um retrato de Taunay, em cor azul, lê-se: “Félix
Emilio Taunay (1795 – 1881)”.
Felix Emilio
Taunay, barão de Taunay, nasceu na França, em
Montemorency, no dia 1º de março de 1795, na mesma
casa que foi habitada por Jean Jacques Rousseau, adquirida por
seu pão Nicolau Antonio Taunay. Nicolau de Taunay para
aqui se transportou em 1816, acompanhado dos seus cinco filhos.
A rogo de seus amigos patrícios retornou ‘a França
ao fim de três anos de estada no Brasil, e ali faleceu
a 20 de março de 1830, ais 75 anos de idade. Felix Emilio
permaneceu no Brasil, junto com seus irmãos. Nomeado
professor de Pintura e Paisagem da Academia de Belas Artes,
muito se distinguiu, atingindo uma atuação de
relevo, motivo pelo qual seus colegas o elegeram diretor, em
sessão de 12 de dezembro de 1834. Foi esforçado
propugnador da grande naturalização e das mais
indispensáveis medidas de higiene e estética do
Rio de Janeiro, do esgotamento dos pântanos e canalização
das águas, da arborização da cidade, do
alargamento sucessivo e retificação das ruas.
Traçou a Estrada Nova da Cascatinha, na Tijuca, onde
residiu; construiu a ponte sobre o rio Maracanã e exerceu
influência real e decisiva nas Belas Artes do Brasil.
Pintou quadros notáveis, entre os quais, “Morte
de Turenne”, “Derrubada das Matas”, “Mãe
d’Água”, “Descobrimento das Caldas”.
Morreu no Rio de janeiro, em 1881. As últimas palavras
que articulou foram as seguintes:
“Adieu, belle nature du Brésil! Adieu, ma belle
cascade”.
MONUMENTOS
DA CIDADE – REPORTAGEM PUBLICADA PELO DIÁRIO DE
NOTÍCIAS, 1946, RJ.
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Diário de Notícias. Monumentos da Cidade, Rio de
Janeiro - 1946 |
Monumento
a Eça de Queiros

Diário de Notícias. Monumentos da Cidade, Rio de Janeiro
- 1946 |
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Encontra-se,
hoje, na avenida Rui Barbosa, próximo da praia de Botafogo,
o monumento a Eça de Queiroz, esculpido em mármore
e inicialmente inaugurado na avenida Santos Dumont (atual Aparício
Borges). A inauguração ocorreu no dia 25 de fevereiro
de 1923, em homenagem ‘a sua grande contribuição
à fluidez e meneio que sua influência propiciou a
língua portuguesa. A construção do monumento
é devida a um grupo de homens de letras.
Eça
de Queirós nasceu numa casa da Praça do Almada na
Póvoa de Varzim-Paris, no centro administrativo da cidade;
em 25 de Novembro de 1845, foi batizado na Igreja Matriz de Vila
do Conde,faleceu em 16 de Agosto de 1900. Com 16 anos foi para
Coimbra estudar na Faculdade de Direito, tendo aí sido
amigo de Antero de Quental. Em Coimbra, na época da agitação
da Sociedade do Raio, Eça de Queiroz viveu a época
mais inquieta de sua existência. Seus primeiros trabalhos,
publicados como um folhetão na revista “Gazeta de
Portugal”. O seu vasto acervo de obras, a erudição
e o talento que revelou na formação da literatura
realista, fizeram desse escritor uma singular figura das letras
portuguesas, sendo considerado o criador do realismo dessa mesma
literatura.
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Escreveu
sua primeira novela realista da vida portuguesa, “O crime do Padre
Amaro”, que apareceu em 1875. Aparentemente, Eça de Queirós
passou os anos mais produtivos de sua vida em Inglaterra, como cônsul
de Portugal em Newcastle e em Bristol. Escreveu então alguns dos
seus trabalhos mais importantes, incluindo “A tragédia da
Rua das Flores” e “A capital”, escrito numa prosa hábil,
plena de realismo. Suas obras mais conhecidas, “Os Maias”
e “O Mandarim”, foram escritas em Inglaterra também.
Seu último livro foi “A Ilustre Casa de Ramires“, sobre
um fidalgo do séc XIX com problemas para se reconciliar com a grandeza
de sua linhagem. Sepultado no Panteon dos Jerônimos, em Lisboa,
em 09 de novembro de 1903, foi elevada, num dos largos de Lisboa, uma
estátua em mármore em sua homenagem, obra do escultor Teixeira
Lopes.
http://www.vidaslusofonas.pt/
http://www.feq.pt/
Monumento
ao Tenente Siqueira Campos

Pesquisa Acadêmica - Estátuas e Bustos
Históricos na Cidade do Rio de Janeiro. UFRJ, 2005 |
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Monumento ao Tenente Siqueira
Campos e ao Movimento Tenentista, mais conhecido como os 18 do
Forte de Copacabana. Localizado na entrada do Forte de Copacabana,
situado no bairro que leva o mesmo nome. (htttp://www.iphea.gov.br)
Antônio
de Siqueira Campos, militar e político brasileiro, nasceu
em Rio Claro, SP em 1898. Filho de Raimundo Pessoa de Siqueira
Campos e Luísa Freitas de Siqueira Campos, passou quase
toda a infância em sua cidade natal e em São Manuel
do Paraíso, onde seu pai administrou as fazendas de café
de seu irmão, Manuel de Siqueira Campos, um rico proprietário
de terras, que também foi presidente da Câmara de
Vereadores de Rio Claro. Em 1904, a família mudou-se para
a cidade de São Paulo, onde seu pai ocupou o cargo de almoxarife
do Departamento de Águas. Pretendendo continuar os estudos
sua única alternativa foi ingressar como voluntário
no Exército em 1915 e no ano seguinte, como aluno da Escola
Militar do Realengo. Inicialmente foi incluído na Infantaria,
mas aos poucos foi se direcionando para a Artilharia. A Escola
Militar do Realengo, que substituiu a antiga Escola Militar da
Praia Vermelha, tinha por objetivo formar oficiais profissionais
e apolíticos, que se preocupassem com seu treinamento militar
e não com as questões políticas do país.
No entanto, ele e seus colegas não deixaram de discutir
os problemas brasileiros e questionar os rumos da República
Velha. Nessa época fez amizade principalmente com Eduardo
Gomes e Estênio Caio de Albuquerque Lima, com que alugou
uma casa para poderem estudar. A casa passou a abrigar um grupo
de estudo, do qual sairiam os principais líderes das revoltas
tenentistas que abalariam os anos 20 do século passado.
Em 5 de julho, o Forte de Copacabana rebelou-se. Os militares
do Forte mantiveram por mais de 24 horas um combate com a Tropa
Legalista. Totalmente cercado pela força fiel ao governo,
o Capitão Euclides deixou a fortaleza para negociar a rendição
com as autoridades, deixando no comando o Tenente Antônio
de Siqueira Campos.
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O
Presidente da República não aceitou negociar com os revoltosos,
exigindo a rendição incondicional. Siqueira Campos, diante
do intenso bombardeio ao Forte de Copacabana, atacado simultaneamente
por terra, mar e ar, resolveu não se entregar. Contando com o apoio
de dezoito companheiros bem armados, Siqueira Campos deixou o forte para
uma luta corpo a corpo com os legalistas. Na Praia Copacabana, iniciou-se
o combate, sendo que apenas dois revoltosos conseguiram sobreviver: os
Tenentes Antônio Siqueira Campos e Eduardo Gomes. Cruzou a fronteira
com a Bolívia de onde seguiu para Buenos Aires. Passageiro em um
avião de carreira comercial, morreu em 10 maio de 1930, antes da
revolução ser deflagrada, num acidente sob nome falso, pretendendo
voltar ao Brasil quando o avião em que retornava caiu nas águas
do Rio da Prata.
http://www.copacabana.com/
http://www.cpdoc.fgv.br/
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