O
guaraná é um arbusto originário da Amazônia,
encontrado no Brasil e Venezuela. Seu nome científico
é Paullinia cupana e pertence a família Sapindaceae,
descoberto no século XVIII pelo médico botânico
alemão F. C. Paullini. Sua fruta possui uma substância
parecida com a cafeína (guaraína) e devido a essa
propriedade estimulante é usada para a fabricação
de xaropes, barras, pós e refrigerantes. No Brasil é
cultivado no estado do Amazonas e Bahia.
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A
fruta possui casca vermelha e quando madura deixa aparecer a polpa branca
e suas sementes, assemelhando-se com olhos. Na região próxima
ao município de Maués, onde é cultivada, os índios
da nação saterê-mawé tem lendas sobre a origem
da planta. Nada mais bonito que um pé de guaraná carregado
de frutas antes da colheita! Nos cachos abundantes, os rubros frutos
pipocam e assumem uma forma que faz lembrar o olho humano. Os grãos
escuros envoltos por uma leve camada de polpa branca e esponjosa constituem
a parte aproveitável. Depois de colhidos, eles são lavados,
secados e torrados em fornos de barro. Em seguida, os grãos são
pilados e levemente reumedecidos para que se obtenha uma massa com a
qual serão feitos os bastões, também chamados "pães
de guaraná". Estes serão defumados ao murici durante
meses, o que assegurara uma conservação do produto perfeita
durante dezenas de anos.
Outros
Nomes: Uaraná, narana, guaranauva, guaranaina, guaraná
cerebral, guaraná-da-amazônia
Uso
Medicinal
•
Por conter substâncias estimulantes, é consumido por milhões
de pessoas como energético natural.
• Possui um teor de cafeína que pode chegar até
8 % de seu peso.
• Estudos fitoquímicos detectaram a presença de
amido, proteína, taninos, cafeína, teofilina, resina,
ácido málico, saponinas, catequina, epicatequina e alantoína.
• Seu consumo estimula fortemente o sistema circulatório,
cardíaco e nervoso central.
•Também é utilizado como poderoso antidiarreico,
antifadiga, previne o envelhecimento precoce e obesidade, arteriooclerose,
flatulência, dispepsia e desintoxicante do sangue.
Lenda
Existe
uma lenda entre os índios da Amazônia que o guaraná
brotou dos olhos de um pequeno índio filho de Onhiámuáçabe.
Onhiámuáçabe conhecia todas as plantas e
seus usos.
Tão logo o menino aprendeu a falar e andar começou
a desejar os frutos de uma castanheira encantada que sua mãe
plantou no Noçoquem (lugar sagrado onde as pedras falam).
Este local estava sob domínio de seus tios que desejavam
o menino.
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Um
dia quando o menino estava se deliciando com os frutos do guaranazeiro,
os bichos da floresta avisaram seus tios que mandaram matá-lo.
Sua mãe sabendo do ocorrido correu para o local mas já
era tarde.
Então ela enterrou seus olhos e regou com suas lágrimas
de mãe.
Após este acontecimento nasceram duas plantas de quaraná
sendo uma de cada olho enterrado. Do olho direito brotou o guaraná
verdadeiro e do esquerdo o guaraná falso (guaranarana).
Após algum tempo da cova começaram sair outros animais
e por fim saiu um menino que foi o primeiro índio da tribo dos
Manes que quer dizer “os filhos do guaraná”.
Na
língua indígena “uaranã “quer dizer
“olho de gente “ ou “parecida com olho “.
Curiosidades
Pesquisas indicam que os habitantes da região de Maués,
a 400 Km de Manaus, têm a expectativa de vida mais alta de todo
o país. Os idosos têm inegável saúde e disposição
para o trabalho e é grande o índice de natalidade no contingente
de casais mais idosos. Os médicos da região se surpreendem
ao encontrar mulheres idosas trabalhando, sem marcas de varizes ou celulite
pelo corpo.
Fonte
http://www.bayoubrasil.com/news_i_heloisa_guarana_emerson.htm
http://hps.infolink.com.br/chui/curio.htm
http://www.frutasexoticas.com.br/guarana.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/guarana
F. C. Hoehne, Frutas Indígenas – Instituto de Botânica
São Paulo. São Paulo. 1946.
EURICO TEIXEIRA DA FONSECA, Frutas do Brasil, Editora SEDREGA, Rio de
Janeiro. 1954.
Pesquisadores:
- André Luiz S. de Amorim
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Luiz Carlos Alencar de Lima
- Maria Elisa Teixeira Monteiro
-
Rafael Vaz Brito