Outro motivo bastante explorado pelos artesãos, principalmente utilizando-se de personagens notórios, monarcas, políticos ou pessoas em evidência à época. Essa “febre” de esculpir bustos retratou inclusive inúmeros desconhecidos, que teriam sido encomendados aos artesão para presentear os retratados.
O
rosto com traços e ornamentos que nos remetem a origem irlandesa
formam o fornilho desta obra rica em detalhes. Esculpido em Meerschaum,
este cachimbo de origem austríaca fora confeccionado nos meados
do século XIX(12x6cm). A piteira foi recentemente reproduzida em
acrílico, de forma artesanal, devido a original ter sido extraviada.
Tal reconstituição foi possível pelas medidas extraídas
do estojo original, permitindo dimensionar com precisão o tamanho,
diâmetro e curvatura.
Fonte:
Pipes au Coeur
Utilizando
a terracota com matéria-prima, estas duas peças raras foram
fabricadas pela Gambier – França. Século XIX. A figura
feminina retrata a Madame La Vallière, amante de Luiz XIV (10x6cm),
já o busto masculino é uma reprodução do General
Poniatonwski. Militar polonês, cobriu-se de glória durante
a campanha da Rússia posteriormente nomeado Marechal da França,
em Leipzig, morreu após a retirada do exercito francês. A
bravura deste Marechal rendeu-lhe o codinome “La Bayard Polonais”.
Na
França, situada no fundo do Vale do “Jura”, a pequena
vila de Saint Claude é merecedora, depois de um século e
meio, do titulo de “a capital mundial do cachimbo”. Não
existe no mundo lugar onde se consagre com tanta magnitude a fabricação
dessas peças. Desde 1850 que os artesãos “saint-claudinenses”
torneiam as milenares madeiras passadas de pai para filho, destinadas
a fabricação dos cachimbos de briar. Hoje em dia as sete
casas da “confraria dos fabricantes de cachimbos de Saint Claude”
produzem cerca de 700.000 cachimbos por ano. As três peças
acima são exemplos da manufatura local. À esquerda temos
um trabalho assinado por Henri Gros. O cachimbo central representa o famoso
mosqueteiro D’Artagnan, e o último é um representante
da Era Viking, guerreiros-marinheiros da Escandinávia que entre
o final do século VIII e o século XI pilharam, invadiram
e colonizaram as costas da Escandinávia, Europa e ilhas Britânicas.
Cachimbos
de Meerschaum de meados do século XIX oriundos do Império
Austro-Húngaro onde nota-se novamente a diversidade de colorações
obtidas de acordo com o uso do cachimbo.
Os
cachimbos acima são de cerâmica, e oriundos da França.
O da esquerda representa Dom Quixote de la Mancha, o herói da obra
de Miguel de Cervantes um dos grandes contos da literatura mundial Fora
fabricado pela Dutel-Gisclon, fundada em 1829 no norte da França.
Posteriormente em 1870 mudou-se para Montereau um grande centro de produção
de cerâmica. O segundo refere-se ao famoso Jacob, fabricado pela
Gambier. Henri Jacob (1828-1913) pertenceu ao regimento dos zoavos da
guarda republicana, figura popular dotado de magnífica barba serviu
de modelo para a confecção de inúmeros cachimbos.
Foi um dos modelos mais vendido e mais copiados, o que levou o fabricante
a modificar o modelo inicial, de 1870, e adicionar a escrita no turbante
“Je suis le vrai Jacob”, isto é, eu sou o verdadeiro
Jacó. O cachimbo que representa a figura feminina foi fabrica pela
Dutel-Gisclon e representa a figura da rainha Maria Antonieta esposa do
rei Luis XVI monarca francês. Finalmente e do mesmo fabricante porém
mais recente, meados do século XIX, este cachimbo reproduz a figura
de um polichinelo, personagem que remonta ao teatro latino que alcança
seu maior desenvolvimento em comedia, caracterizado pelo longo nariz,
corcunda barriga grande e roupas coloridas.
Cachimbo esculpido em meerschaum, possui longo pescoço de fornilho, terminando com uma piteira de acrílico (10x30cm). De origem turca esta peça fora desenvolvida no inicio do século XX.
Fonte: Pipes au Coeur
Quatro
cachimbos em meerschaum, com piteiras em âmbar nos quais o fornilho
mede de 4 a 7 cm de altura. Peças de séculos XIX, oriundas
da Áustria. Cabeças de belas mulheres ou atrizes da época.
Cachimbos
modernos de bloco de meerschaum, originários da Turquia, retratam
o estereótipo da região. Esse motivo é extremamente
explorado por todos os artesãos, bem como os fabricantes de cachimbos,
cujos acabamentos são diferenciados de acordo com o material utilizado,
podendo ser: genuíno meerschaum ou bloco de meerschaum onde as
piteiras utilizadas são, respectivamente, o âmbar ou o acrílico
/ ebonite, características que compõem seu valor financeiro,
respeitando a ordem, dos mais valorizados aos mais populares. Desnecessário
dizer que o material utilizado está intimamente ligado à
época em que a peça foi produzida.
Busto de uma dama de época, com extrema riqueza de detalhes, talhado em meerschaum. Anel de prata e piteira em âmbar. Final do século XIX e provavelmente de origem austríaca.
