PAINEL 33

1. HARICLEE DARCLEE no papel-título da ópera TOSCA, de Puccini. Teatro Costanzi de Roma, 1900.
2. LUCIENNE BREVAL como Brunnhilde em A Valquiria, de Wagner. Fot. Bary.
3. EVA TETRAZZINI CAMPANINI (1862-1938) como Desdemona em Otello, de Verdi.
4. GERALDINE FARRAR como Elisabeth em T nnhauser, de Wagner. Fot.Reutlinger (1907).
5. GERALDINE FARRAR como Violetta Valery em La Traviata, de Verdi.
6. MARY GARDEN como Melisande em Pelleas et Melisande, de Debussy. Opera-Comique, 1902.
7. MARY GARDEN como Ofelia em Hamlet, de Ambroise thomas. Fot. Boyer & Bert, Paris (1908)
8. A soprano francesa ROSE CARON (1857-1930) no papel-título da ópera Salammbo, de Reyer. Fot.Reutlinger, Paris.
9. O barítono francês MAURICE RENAUD (1861-1933) no papel-título da ópera Don Giovanni, de Mozart. Fot. Paul Berger, Paris.
10. EMMA CARELLI no papel-título da ópera Iris, de Mascagne.
11. ENRICO CARUSO como DICK JOHNSON em La Fanciulla del West, e Puccini. Fot. A . Bert. Paris(1912).
12. A soprana francesa MARTHE CHENAL (1881-1947) como Zoraya em la Sorciere, de Erlanger. Fot. A . Bert. Paris (1912).
13. GABRIELLA BESANZONI no papel-título da ópera Carmen, de Bizet.
14. O barítono alemão EDUARD HABICHI (1880-1960) como Alberich em O ouro do Reno, de Wagner. Bayreuth (circa 1929).
15. O tenor alemão ERICH ZIMMERMANN (1892-1968) como Mine em O Ouro do Reno, de Wagner, Bayreuth (Circa 1929).

13

CARACTERIZAÇõES

        Transportados de lendas ou de célebres para uma das mais completas das Artes, são muitos os personagens de óperas famosas que se destacaram dos libretos e partituras e assumiram uma existência quase real. Tamanha a força com que foram imaginados e o vigor com que foram vividos em cena, esses papéis adquiriram respeito e consagração, ganhando interpretações marcantes em diferentes gerações.
Grandes artistas encontraram sua fama em atuações que o tempo tornaria lendárias, e permaneceriam inesquecíveis em determinadas caracterizações. Muitos tiveram a glória de criar o papel, de vivê-lo pela primeira vez e de terem até sido escolhidos para isso pelo próprio compositor.
Entre as grandes criações que o cartão-postal pode registrar, tivemos a da Tosca, de Puccini, no Teatro Costanzi de Roma em 1900, pela soprano romena Hariclée Darclee; a Pelleas et Melisande, de Debussy, apresentada na Opera-Comique de Paris em 1902, com soprano escocesa Mary Garden no papel-título feminino; e a de La Fanciulla del West, de Puccini, que teve sua estréia mundial no Metropolitan Opera House de Nova Iorque em 1910 e sua estréia na França, na Ópera de Paris em 1912, tendo em ambas, Caruso no principal papel masculino.
Das caracterizações apresentadas destacamos a de Gabriella Besanzoni Lage como Carmen, de Bizet. A contralto italiana firmou-se no papel-título, tornando-se em sua época uma de suas maiores intérpretes.

CHARACTERIZATIONS

        Transposed from legends or famous classic works in one of the most complete forms of the Arts, many opera characters stood out from the librettos and musical scores and took on an almost real existence. So great was the strenght with which they were imagined and the vigour with which they were performed that these parts acquired respect and acclaim, attaining remarkable interpretations throughout different generations.
Great interpreters reached their fame through performances that were made legendary by the passing of time, and would remain unforgettable by virtue of certain characterizations. Several of them had the glory of creating a part, of bringing it to life for the first time, and even of having been chosen for it by the author himself.
Among the great creations that were able to be recorded in postcards, we had the opera Tosca, by Puccini, sung by the Romanian soprano Hariclee Darclee at the Costanzi Theatre in Rome, in 1900; Pelleas and Melisande, by Debussy, presented at the Opera-Comique in Paris, in 1902, with the Scottish soprano Mary Garden playing the leading female role and La Fanciulla del West, by Puccini, which had its world premiere at the Metropolitan Opera House in 1910, and opened in France at the Paris Opera House in 1912, both presenting Caruso in the male leading role.