Tudo
a avareza perde
Se tudo quer ganhar;
Basta-me, em prova disto,
Um fato aqui narrar.
Deitava
uma galinha
Por dia um ovo d'ouro;
Julgou-a o dono um cofre
De perenal tesouro. |
Tirou-lhe
a vida, abriu-a
E achou o seu ovário
Igual ao das que botam
Qualquer ovo ordinário.
Assim,
cedendo à força
Do baixo instinto ávaro,
De motu próprio extingue
Seu cabedal mais raro. |
|