
A
Tartaruga e o Lebre
O
camponez avarento que tenta enriquecer-se à pressa,
e mata a galinha que deita is ovos de ouro, só
para se ver privado da sua fonte de riqueza:
O comercio marítimo alemão, manancial
de tanta riqueza, queda por completo arruinado pela
insana cobiça que impeliu a Alemanha a forçar
esta guerra sobre a Europa.
Fonte:
Tuck`s Post card texto no verso do postal desenhado
por F Sancha , 1915 circa,
anotado ipsis litteris do original.
A
Lebre e a Tartaruga
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"Apostemos,
disse à lebre
A tartaruga matreira,
Que eu chego primeiro ao alvo
Do que tu, que és tão ligeira!"
Dado
o sinal de partida,
Estando as duas a par,
A tartaruga começa
Lentamente a caminhar.
Lebre, tendo vergonha
De correr diante dela,
Tratando um tal vitória
De peta ou de bagatela,
Deita-se,
e dorme o seu pouco;
Ergue-se, e põe-se a observar
De que parte corre o vento,
E depois entra a pastar;
Eis
deita uma vista d'olhos
Sobre a caminhante sorna
Inda a vê longe da meta,
E a pastar de novo torna.
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Olha;
e depois que a vê perto,
Começa a sua carreira;
Mas então apressa os passos
A tartaruga matreira.
À
meta chega primeiro,
Apanha o prêmio apressada,
Pregando à lebre vencida
Uma grande surriada.
Não
basta só haver posses
Para obter o que intentamos;
É preciso pôr-lhe os meios,
Quando não, atrás ficamos.
O contendor
não desprezes
Por fraco, se te investir;
Porque um anão acordado
Mata um gigante a dormir.
Curvo
Semedo (Trad.)
(1766-1838)
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