
O
Cão e sua Sombra
O
cão que leva o bocado de carne, vê o seu reflexo nas
águas, e arrojando se a sombra, perde o bom bocado:
Perdeu a Alemanha a prosperidade tão laboriosamente adquirida,
sacrificando-a ao seu devaneio de conquistar o mundo.
Fonte:
Tuck`s Post card texto no verso do postal desenhado por F Sancha
, 1915 circa, anotado ipsis litteris do original.
O
Cão que pela sombra larga a Prêsa |
|
Um
cão passando ia um rio a nado,
E levava de carne um bom bocado;
Via n'água a sua sombra, e, presumindo
Que era outro cão, que dele ia fugindo,
E
que presa maior inda levava,
Com fim de lha tirar se arreganhava,
Naquele abrir de boca lhe caía
A carne, e nem mais sombras dela via.
Couto
Guerreiro (Trad.)
(1720-1793)
|